IX
ao teu
encontro, Homem do meu tempo,
e à espera de que tu prevaleças
à rosácea de fogo, ao ódio, às guerras,
te cantarei infinitamente à espera de que um dia te conheças
e convides o poeta e a todos esses amantes da palavra, e os outros,
alquimistas, a se sentarem contigo à tua mesa.
as coisas serão simples e redondas, justas. Te cantarei
minha própria rudeza e o difícil de antes,
aparências, o amor dilacerado dos homens
meu próprio amor que é o teu
o mistério dos rios, da terra, da semente.
te cantarei Aquele que me fez poeta e que me prometeu
compaixão e ternura e paz na Terra
se ainda encontrasse em ti, o que te deu.
hilda hilst