terça-feira, 24 de agosto de 2010

aprendi que

as pessoas esquecem o que você diz,
esquecem o que você faz, mas não esquecem
como você faz
com que elas se sintam.

maya angelu

sábado, 14 de agosto de 2010

transitoriedade




algo está indo embora
algo não se explica
algo não se machuca mais


relâmpagos e apitos
pareceram estranhos
ele só queria não mais tê-lo
por perto
para não ser ferido.
ainda podia se ferir ?

o cheiro de dor foi mais
intenso dessa vez.
talvez porque ele
tivesse esperado que
fosse diferente. para melhor.

mas não obteve resposta.
estava vazio
e nem mesmo seu outro lado
compreendia

queria sorrisos suados depois de uma
eternidade de amor
ganhou purpurinas de adeus.

agora lágrimas descem despudoradas
e agora uma dorzinha de formiga
lateja em todo seu ser.
algo está indo embora, mas

algo também chegará.





candice machado

quinta-feira, 5 de agosto de 2010





Somos finos como papel. Existimos por acaso entre as porcentagens, temporariamente. E esta é a melhor e a pior parte, o fator temporal. E não há nada que se possa fazer sobre isso. Você pode sentar no topo de uma montanha e meditar por décadas e nada vai mudar. Você pode mudar a si mesmo para ser aceitável, mas talvez isso também esteja errado. Talvez pensemos demais. Sinta mais, pense menos."

Bukowski

alteridade


O eu do outro
o outro do eu
o outro do outro

eu
carlosvogt

segunda-feira, 2 de agosto de 2010



...
mas para atravessar agosto, pensei agora, é preciso principalmente não se deter demais no tema. mudar de assunto, digitar rápido o ponto final,
sinto muito perdoe o mau jeito, assim, veja, bruto e seco: .

caiof.




O amor é alquímico. Se você se amar, a sua parte feia desaparecerá, será absorvida, será transformada. A energia é liberada daquela forma.
Todas as coisas que são chamadas de pecado simplesmente desaparecem.
Ame-se. Esse deveria ser o mandamento fundamental.
Ame-se. Tudo o mais se seguirá, mas esse é o alicerce.
osho

dez chamamentos ao amigo I




Se te pareço noturna e imperfeita
Olha-me de novo. Porque esta noite
Olhei-me a mim, como se tu me olhasses.
E era como se a água
Desejasse

Escapar de sua casa que é o rio
E deslizando apenas, nem tocar a margem.


Te olhei. E há tanto tempo
Entendo que sou terra. Há tanto tempo
Espero
Que o teu corpo de água mais fraterno
Se estenda sobre o meu. Pastor e nauta

Olha-me de novo. Com menos altivez.
E mais atento.

(I)



hilda hilst

passarinhos

  Despencados de voos cansativos Complicados e pensativos Machucados após tantos crivos Blindados com nossos motivos Amuados, reflexivo...