quarta-feira, 28 de outubro de 2009
terça-feira, 27 de outubro de 2009
sábado, 24 de outubro de 2009
quinta-feira, 22 de outubro de 2009
quarta-feira, 21 de outubro de 2009
Congresso internacional do medo
Provisoriamente não cantaremos o amor,
que se refugiou mais abaixo dos subterrâneos.
Cantaremos o medo, que esteriliza os abraços,
não cantaremos o ódio, porque esse não existe,
existe apenas o medo, nosso pai e nosso companheiro,
o medo grande dos sertões, dos mares, dos desertos,
o medo dos soldados, o medo das mães, o medo das igrejas,
cantaremos o medo dos ditadores, o medo dos democratas,
cantaremos o medo da morte e o medo de depois da morte.
Depois morreremos de medo
e sobre nossos túmulos nascerão flores amarelas e medrosas.
drummond
que se refugiou mais abaixo dos subterrâneos.
Cantaremos o medo, que esteriliza os abraços,
não cantaremos o ódio, porque esse não existe,
existe apenas o medo, nosso pai e nosso companheiro,
o medo grande dos sertões, dos mares, dos desertos,
o medo dos soldados, o medo das mães, o medo das igrejas,
cantaremos o medo dos ditadores, o medo dos democratas,
cantaremos o medo da morte e o medo de depois da morte.
Depois morreremos de medo
e sobre nossos túmulos nascerão flores amarelas e medrosas.
drummond
Mistério
Há vozes dentro da noite que clamam por mim,
Há vozes nas fontes que gritam meu nome.
Minha alma distende seus ouvidos
E minha memória desce aos abismos escuros
Procurando quem chama.
Há vozes que correm nos ventos clamando por mim.
Há vozes debaixo das pedras que gemem meu nome
E eu olho para as árvores tranquilas
E para as montanhas impassíveis
Procurando quem chama.
Há vozes na boca das rosas cantando meu nome
E as ondas batem nas praias
Deixando exaustas um grito por mim
E meus olhos caem na lembrança do paraíso
Para saber quem chama.
Há vozes nos corpos sem vida,
Há vozes no meu caminhar,
Há vozes no sono de meus filhos
E meu pensamento como um relâmpago risca
O limite da minha existência
Na ânsia de saber quem grita.
Adalgisa Nery
domingo, 18 de outubro de 2009
..
Eu sei, é um doce te amar
O amargo é querer-te pra mim
Do que eu preciso é lembrar, me ver
Antes de te ter e de ser teu
O que eu queria, o que eu fazia, o que mais?
Que alguma coisa a gente tem que amar, mas o quê?
Não sei mais
Os dias que eu me vejo só
São dias que eu me encontro mais
E mesmo assim eu sei tão bem
existe alguém pra me libertar.
condicional - los hermanos
Eu sei, é um doce te amar
O amargo é querer-te pra mim
Do que eu preciso é lembrar, me ver
Antes de te ter e de ser teu
O que eu queria, o que eu fazia, o que mais?
Que alguma coisa a gente tem que amar, mas o quê?
Não sei mais
Os dias que eu me vejo só
São dias que eu me encontro mais
E mesmo assim eu sei tão bem
existe alguém pra me libertar.
condicional - los hermanos
sábado, 17 de outubro de 2009
Flores do mais
devagar escreva
uma primeira letra
escreva
nas imediações construídas
pelos furacões;
devagar meça
a primeira pássara
bisonha que
riscar
o pano de boca
aberto
sobre os vendavais;
devagar imponha
o pulso
que melhor
souber sangrar
sobre a faca
das marés;
devagar imprima
o primeiro
olhar
sobre o galope molhado
dos animais;
devagar
peça mais
e mais e
mais.
Ana Cristina Cesar
terça-feira, 13 de outubro de 2009
sábado, 10 de outubro de 2009
segunda-feira, 5 de outubro de 2009
sábado, 3 de outubro de 2009
Que sejas tu,
a continuidade da minha canção.
Que sejas tu,
a essência de meus versos,
a rima mais perfeita,
o verbo que conjugo.
Que sejas tu,
o término de minhas buscas.
O escolhido.
O marcado.
Que sejas meu objetivo alcançado.
Que acima de tudo,
sejas o amor jurado.
Que diante do que desejo,
sejas
Seja eu,
teu raio de sol.
Seja eu,
a tua euforia,
tua maior alegria,
O encanto de teus dias.
Que além de teus sonhos,
Seja eu,
a tua realidade.
A essência,
o corpo que te invade.
O abraço que te enlaça,
O beijo que nos sela.
O amor que nos espera.
Tu e Eu ,
EU e TU...
Que Assim Seja
neruda
Quando olho para mim não me percebo.
Tenho tanto a mania de sentir
Que me extravio às vezes ao sair
Das próprias sensações que eu recebo.
O ar que respiro, este licor que bebo,
Pertencem ao meu modo de existir,
E eu nunca sei como hei de concluir
As sensações que a meu pesar concebo.
Nem nunca, propriamente reparei,
Se na verdade sinto o que sinto.
Eu
Serei tal qual pareço em mim?
Serei
Tal qual me julgo verdadeiramente?
Mesmo ante as sensações sou um pouco ateu,
Não sei bem se sou eu quem em mim sente.
Álvaro de Campos
Tenho tanto a mania de sentir
Que me extravio às vezes ao sair
Das próprias sensações que eu recebo.
O ar que respiro, este licor que bebo,
Pertencem ao meu modo de existir,
E eu nunca sei como hei de concluir
As sensações que a meu pesar concebo.
Nem nunca, propriamente reparei,
Se na verdade sinto o que sinto.
Eu
Serei tal qual pareço em mim?
Serei
Tal qual me julgo verdadeiramente?
Mesmo ante as sensações sou um pouco ateu,
Não sei bem se sou eu quem em mim sente.
Álvaro de Campos
confusão, ódio, raiva, amor. como explicar tudo que se passa e se cria em nossa cabeça?
confiança não foi feita para os seres humanos, todos perdem ela!
acreditar e perdoar sim, mas e o coração cheio de lembranças que todos os dias
insistem em aparecer como se tivessem sido convidadas.
perdoar é esquecer ?
e confiar é se entregar?
e se entregar é se perder de si mesmo?
e se enganar ? ^^
Nada do que foi será
De novo do jeito que já foi um dia
Tudo passa
Tudo sempre passará
A vida vem em ondas
Como um mar
Num indo e vindo infinito
Num indo e vindo infinito
Tudo que se vê não é
Igual ao que a gente viu há um segundo
Tudo muda o tempo todo no mundo
Não adianta fugir
Nem mentir pra si mesmo agora
Há tanta vida lá fora
Aqui dentro sempre
Como uma onda no mar!
lulu santos - como uma onda
Assinar:
Postagens (Atom)
passarinhos
Despencados de voos cansativos Complicados e pensativos Machucados após tantos crivos Blindados com nossos motivos Amuados, reflexivo...
-
'A esse ponto tudo parece antigo. Eu mesma pareço tão distante. Eu mesma estranho meu perfume, minhas calças, meus pés. Eu mesma desmanc...
-
Sobre cada dia ela se equilibrava nas pontas dos pés, sobre cada frágil dia que de um instante para outro poderia se partir e cair em escuri...