segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Saudade

Eu queria trazer-te uns versos muito lindos colhidos no mais íntimo de mim... Sua palavras seriam as mais simples do mundo, porém não sei que luz as iluminaria que terias de fechar teus olhos para os ouvir... Sim! Uma luz que viria de dentro delas, como essa que acende inesperadas cores nas lanternas chinesas de papel. Trago-te palavras, apenas... e que estão escritas do lado de fora do papel...Não sei, eu nunca soube o que dizer-te e este poema vai morrendo, ardente de puro, ao vento da Poesia... como uma pobre lanterna que incendiou!Na solidão na penumbra do amanhecer.Via você na noite, nas estrelas, nos planetas,nos mares, no brilho do sol e no anoitecer.Via você no ontem, no hoje, no amanhã...Mas não via você no momento. Que saudade...


Mário Quintana

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Vocação para a felicidade



Não escreverei versos chorosos cantando tristezas infinitas, amores impossíveis, saudades dolorosas, paixões trágicas e não correspondidas. Tenho a vocação para a felicidade. Ser feliz não me traz sentimento de culpa. Não preciso da tristeza para justificar a inutilidade da vida. Não preciso morrer e ir ao céu para encontrar a felicidade. Quero-a e tenho-a neste espaço terreno do aqui e do agora. A felicidade, tal e qual, o amor está dentro de mim e transborda em ternuras,em melodias, em carinhos, em alegrias, em cantos e encantos. Sou feliz e não preciso me justificar. Sorrio sem ver passarinho verde. Não tenho medo de ser feliz. Faço minha estrela brilhar sem receio dos encontros, desencontros, encantos e desencantos que o amor me diz. Contrariedades? Eu as tenho! E quem não as tem na vida cular? Escassez de dinheiro? Nem é bom falar. Amores não correspondidos? Separações? Rejeições? Saudades incuráveis? Carinhos reprimidos, ternuras guardadas, sem a contra parte do outro? Eu tenho aos montões. Sou a rainha das perdas, necessárias ao meu crescimento. Contudo quem não soube a sombra não sabe a luz.E num livro de matemática existencial juntei todos esses problemas insolúveis, com as respostas nas últimas páginas. Mas pra que me debruçar sobre eles, procurando a solução se a própria vida me conduz a resposta final? Sem medo de ser feliz vou por aqui e por ali...Por onde os caminhos,as trilhas, os atalhos me levarem, traçando meu rumo. Às vezes com alguma tristeza, mas quem disse que felicidade é o contrário de tristeza? Tristeza é só uma momentânea falta de alegria! É, amigo, amanhã é sempre um novo dia e quando a infelicidade passar por aqui, minhas malas estarão prontas para eu ir por ali. Carlos Drummond de Andrade

passarinhos

  Despencados de voos cansativos Complicados e pensativos Machucados após tantos crivos Blindados com nossos motivos Amuados, reflexivo...